"Ajudar o povo de humanas a fazer miçangas" - isto é uma piada
- Matheus S. W.
- 23 de nov. de 2015
- 2 min de leitura
"Aqueles que riram foram julgados insanos pelos que nao entenderam a graça"
A Graça
Um barbante, um arame, um pedaço de bambu, um fiozinho, uma pedrinha, uma miçanga... Nao sei calcular, nao sei o que acontece dentro de um capô de carro nem dentro de um celular. Física? Só sem formula. Química? O que eu ingiro. Mas se você quiser um filtro de sonhos eu faço um pra você. - Sim, eu quero! - e ambos riram enquanto se acertam os detalhes de cor e tamanho.
O que mais fazem os humanas? Riem de suas próprias desgraças pequeno-burguesas? Do ano que se passou e que nada aconteceu? De novo. Sonham com o crush impossível ao mesmo tempo que se agradece a feiura que se viverá na poxima sexta? Os humanas sim.
Humanas... aliás, humanos, não?
Saiba, leitor, que o valor que tem o ouro vem de sua beleza, raridade e principalmente sua inutilidade, saiba disso. Que aliás, é nessa moeda que os chineses cobram o que o ocidente lhes deve.
Nesta semana me deparei com um texto fazendo mais que clara alusão à pagina, um texto de Paulo Roberto Ramos Ferreira, da Sao Paulo Times, que pode ser acessado por este link: http://saopaulotimes.r7.com/sp/ajude-o-povo-de-humanas-a-fazer-micanga/
Este texto, com um crítica, nos adverte e aconselha, e tambem muito provavelmete a você leitor. Mas uma critica contrutiva de fato, tão boa que nem eu nem a Nikki e provevelmente nem você se sentiria criticado. Uma crítica que nos ultrapaça e acerta em cheio a sociedade; a sociedade que se projeta na academia que por sua vez se projeta numa bem determinada rede social.
Hoje sabe-se que num curso de antropologia se fazem miçangas antes de saber que se fazem etnografias. E meus amigos, eu garanto que há muito menos de "humanas" que se espera neste curso. Hoje a antopologia é mais importante para propaganda e grandes comercios que o tão conhecido Desing. Sim, de fato. E mais, a antropologia está para a economia assim como o filtro de sonhos está para a pulseira de barbante.. ambos não passam de miçanga. Para alguns isto soa triste, para outros inédito.
Ahh.. mas como eu gostaria de estar na praia vendendo minha arte.
E como rimos disso. Rimos muito disso.
Somos atores sem uma boa peça que não seja a tragédia. Sem um bom humor que não o negro. Na vida, somos um adereço de bambu. Um recurso humano na mãos de um artesão que não nós. Fujimos disso, humanas. Mas nossa peça, não esqueça, é trágica. Agora riem disso. E mais do que nunca este riso precisou se tornar uma gargalhada, e mais do que nunca esteve tão perto de perder a graça. E é nesta hora que nossa miçanga se torna ouro.
Obs. Serio, para entenderem leiam o texto ao qual me referi.
Paz.
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